sábado, 5 de fevereiro de 2011


Um contorno preto, cores chapadas inteiras ocupando o espaço deixado pelo contorno e grafismos multicores estampados sobre os fundos anteriores.
Essa história multiplicada muitas e muitas vezes, em muitos tecidos, muitas paredes, muitas embalagens, muitas.
Algo que se pensou, se fez e se multiplicou.
Bonito.
Pode ser bonito.
Mas linda mesmo é a elegância de um achado poético.
Não necessariamente um achado numa poesia, mas achado numa imagem pintada, fotografada, esculpida, modelada, dançada em gestos e vozes.
Música.
Achar sem procurar muito, afinal achado já estava, apenas não estava percebido.
Perceber, é a união de várias imagens grudadas no inconsciente pelo sensível e organizadas no instante em que se chamou por uma tese.
Todas as informações relativas ao assunto, juntam-se em segundos no cérebro para resolver aquele enigma.
Outro dia disseram que isso chama-se competência e num outro momento também disseram que tem a ver com a neurolinguística.
O linguajar do cérebro.
Bonito.
Mas bonito mesmo é conseguir - coisa muito, muito difícil - agir assim em todos os instantes.
Estar atento ao menor ruído, ao maior outdoor, a menor palavra, ao maior dicionário.
Percebe que toda vez que se alcança, se quer mais e de outro jeito, se quer de outra forma e se quer um pouco mais.
Quisera ser assim mesmo e que conseguíssemos nos aprofundar mais a cada gesto, em cada jeito, em cada lembrança do moço bonito que nos sopra a criatividade em nós já residente.
É assim que é.
Pessoas tantas a necessitar de um justo toque, de uma necessária medida, de um lampejo de certeza, de várias doses de vibração e mais ainda de pequenos toques localizados, que neurolinguisticamente remetem uma doce mensagem ao cérebro.
A mensagem é o meu aprendizado constante, que consta no fechar da geladeira dando-me a oportunidade de pedir, e é constante na fluidez do babado alinhavado na barra metálica da moldura da cachoeira