quinta-feira, 21 de abril de 2011


Com os olhos nas solas dos pés.
Pernas pra que te quero nada, eu quero mesmo tê-las.
Não para correr das dunas do nordeste, mas para encontrar no noroeste estada e guarida.
Eu quero pernas, braços e as vielas todas para poder cercar o meu espírito e a minha alma com segurança.
Quero não dar de ombros para nenhuma questão, já que a questão primordial pertence aos ombros.
Dar-te-ei então, os meus, para que possas soletrar a resposta à toda pergunta.
A leveza é justamente essa, as juntas.
Não, ao "junta tudo e joga fora", mas joga pra dentro tudo o que tem lá fora e forma som isso tudo, as formas que eu daqui de dentro e de fora, idolatro.
A forma que não é geométrica é orgânica, então que as orgânicas sejam pintadas com cor de carne e que os ossos brancos, sejam a soma de tudo isso que me sustenta.
Sustenta a ti também?
Façamos pois, o esqueleto dessa ideia no papel manteiga, nós que somos tal qual manteiga, derretida.
Acho que isso nem ideia é.
É costela inteira.
Não é ideia da cabeça, ou menos ainda, ideia sem pé nem cabeça.
É tudo isso e mais ainda.
Cabeça, corpo e membros.
Tudo isso, são dados de uma constatação.
Constatei que, se não há consternação, o que há é constelação