terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Gratidão


Agradecer é um verbo.
Uma ação consciente que é o recheio e a cobertura da elegância.
O nosso infinitivo agradecer, vai agradecendo a fantástica oportunidade que foi termos nos deixado encantar por aquilo que realmente vale a pena.
Um pequeno arbusto totalmente seco, com sua beleza limpa por uma quantidade intensa de água pura, esperou  receber novas folhas, mescladas que com verde e branco.
Ao ser prontamente atendido, ofereceu seu natural agradecimento à criação.
Nada importa mais do que a única forma de corresponder ao encontro nada casual entre aquilo que em nós é bom e aquilo que é muito bom em nós.
A gratidão é um presente grátis, que oferecemos a vista num prazo determinado pela eternidade.
Agradeço ao céu e agradeço à terra, ofereço meu pequeno espaço às nuvens e aos montes.
O processo que liquefaz as nuvens e a faz correr entre as montanhas é uma fotografia graciosa que nos enche os olhos com um rebanho que produz muito leite.
Agradecemos ao dom da ordenha que nos ordena a oferta que nutre a nossa inspiração.
Alimentamos a nossa graça com um compartilhar constante.
A partilha desapega e o agradecimento ressurge em forma de palavras e sons, desenhando uma composição única, que pode ser multiplicada somente se for sendo modificada, para que possa ser ainda mais bela e multiplicadora.
A multiplicação e a soma têm como resultado uma raiz.
Agradecemos por fazermos parte dessa equação, cuja seiva dos números reais, gera um único fruto que pertence a todos, sem distinção de sexo, raça, credo, língua, ou qualquer outro predicado.
A regra belíssima é essa: o nosso plural é a nossa singular gratidão