quinta-feira, 12 de abril de 2012

Fazer ideia


Fazer ideia.
Essa é a tarefa de uma vida inteira, fazer ideia sobre alguma coisa.
O encantador é isso.
Quantas coisas naturais não existem para que façamos ideias delas?
Muitas coisas multiplicadas na nossa frente para que a gente possa nomear, transformar-lhes a nomenclatura, classificar, desclassificar, condicionar e descondicionar.
Ideia que nos faz perceber que o tamanho da largura do papel não ultrapassa vinte centímetros.
A mesma ideia que não admite que um seguimento horizontal colocado nessa largura possa medir vinte e dois centímetros.
Um acalanto para a imaginação é reler as duas frases anteriores e ficar impondo imagens à elas.
A ideia do acalanto, da delicadeza e da elegância vai animando as mãos numa massagem sensível sobre a pele dolorida, por conta de um capotamento acontecido num passado mais distante.
Próximo, comungamos da mesma ideia genial que reflete-se no toque na lâmpada.
Uma fumaça imaginada invade o espaço amplo que nos funde e a geniosidade transparece lúcida.
O humor é a parte mais tênue da ideia que fazemos das coisas.
Observo daqui um monte de terra de cor diferenciada da que cobre o caminho estradeiro.
Um caminhão de estrada que ainda temos para percorrer na busca de uma ideia mais segura sobre a inconstância das convicções.
Você faz ideia do que é isso?
A nós foi deixado o espírito santo, que é uma ideia genial sobre a nossa escolha mais sensata.
Santo deve ser alguém que preza por escolher a dificuldade em detrimento da facilidade escancarada.
Escolher a ideia mais difícil - qual seja - oferecer alguma coisa muito especial para alguém que não seja a gente mesmo