quarta-feira, 8 de junho de 2011

Estás

Toca o sinal, o aluno sai em desembestada carreira e diz:
Professor, desculpa alguma coisa e fica com Deus!
Tudo isso é extraordinário.
Para quem ousa ficar pensando negativamente nas coisas aparentemente negativas, fique atento ao tanto que as pequenas coisas e rusgas são desimportantes.
Os chefes muitas vezes chamam a nossa atenção mais para demonstrar serviço e autoridade, afinal a verdade é muito mais simples e singela.
Ofereço um exemplo mais claro.
Ninguém tem segurança de nada, afinal só nos resta de clareza a morte, portanto, um adolescente e um jovem, necessariamente vai ter comportamentos estranhos aos mais velhos, dentro de um sistema rígido como o da escola.
Necessariamente.
Desta forma, não há como ter segurança na afirmação que confirma que uma determinada persona vai ter sucesso ou não sua na escolha profissional, tendo como partida a sua atuação disciplinar no colégio.
Digo dessa forma, pois no frigir dos ovos anteriormente cascados, as escolas servem ao trabalho e ao serviço do futuro das gentes de cascas finas.
Assim é que as pequenas coisas, os detalhes, os gestos fora do cronograma, as fagulhas de beleza, as casquinhas de sorrisos, vão fazendo o conjunto que nos agrega e nos conforta dentro desse enorme circo assaltimbanco.
Um toque do seu calçado e o posterior barulhinho da coisa chutada, faz todo o sentido do mundo quando faz com que esse outro se debruce sobre alguma ideia e dê nova forma ao desconhecido.
Dar forma ao anteriormente desconhecido é como poder tocar um instrumento.
É felicidade tal e qual.
É um prazer indescritível a quem por ele não perpassa.
É um momento de deleite solitário, onde jamais se está sozinho