sexta-feira, 6 de abril de 2012

Folheando riscos


Um zero vírgula nada de água.
Precisa pouca coisa para a flor ficar bela quando o agrado é maior do que tudo.
Eu quero é desenhar.
Dê-me um pedaço de qualquer suporte e eu faço um campo recheado de traçados ordenados.
Adoro de adorar o traço, o risco, o rabisco, a linha.
Adoro dizer sobre o construtivismo e o concretismo na pintura.
A construção vai sendo feita colocando as figuras lado a lado em justaposição.
O concreto da matéria vai construindo as formas que vão se conformando ao espaço.
Desejo colorir a vida rotineira com essas sutilezas objetivas.
Essa vida inteira mais três meses.
É um algo a mais que se torna mais e mais intenso a cada encontro que a elegância propicia àqueles que se sentem dispostos a postar uma mensagem docemente construída na concretude.
Armação de concreto sem ter construído armadura alguma.
Hoje sim, contruímos um caderno usando as folhas secas que guardamos no dicionário que folheamos na escola primária