terça-feira, 8 de fevereiro de 2011


Conecção antena.
Uns acreditam que as pessoas nascem com antenas voltadas à beleza, ao mundo, ao cosmos, esses caracteres todos pertencentes ao infinito.
Eu tenho certeza que a gente experencializa o infinito.
Traz o infinito para nossa finitude, e faz isso a todo instante, tanto que a nossa felicidade instantânea deve ser motivada a todo momento, afinal somos sedentos de infinitude e ávidos por felicidade.
Por isso dizem que o amor é infinito.
A mim não precisam dizer, ele é infinito mesmo, e está em nós, assim como está no universo e vice versa.
Devíamos talvez, nos contentarmos com a lindeza da felicidade instantânea, porém isso, artisticamente não é possível.
Nosso ego periférico, finito, almeja maneiras várias para recodificar e redecifrar, aquele único encanto alcançado.
Não se precisa nem do ócio creativo, pode-se estar no meio da paulista, ou na freguesia do ó, na vila barão, ou na santa teresinha, em todo canto queremos, podemos e devemos experenciar amor, parte do infinito.
Ouvi que a ética é o gerenciamento do querer, do dever e do poder, portanto a ética é o amor, já que podemos usar todos ao mesmo tempo quando amamos.
Só há como se amar se for de verdade.
De mentira o amor inexiste, não se existencializa através da gente.
Somos éticos, e portanto, amorosos.
Está nas plantas, nos animais e nas pedras.
Ao conhecer uma delas, pus no centro da mão e ela apresentou-se muito quente e assim permaneceu.
Anteontem a pus novamente na mão e estava gelada, assim acontece com as pedras.
Demorei mais tempo para enxergar amor nas pedras e ali também encontrei-o, como parte do infinito.
O que é finito, guarda em si todo o infinito e é por tudo isso que devemos nosso esforço para que o infinito transpareça em nós, afinal o infinito é cosmos, beleza, e é mundo, pureza.
Adjetivo e até substantivo, na substância que o infinito nele imprime.
Ontem encontrei, ao acaso, que de acaso nada tinha, uma dessas pedras e pus-me no chão a esculpi-la.
No inicial do trabalho, a clave, no seu avesso e no seu direito, apresentou-se infinita, já que do universo veio existenciar.
Posto que o material que lhe pertence é pedra, ainda há muito para que ame, no puro da existência do mundo adjetivo e substantivo.
Pintaram a escola pública de verde, a mesma cor da minha arquibancada após alfaces.
Dizem que tomates verdes são ótimos para salada, mas prefiro-os vermelhos.
Esses que dão brilho poético e ético, ao batom rubi.
Os mesmos que enfeitam as pequenas rodas que movimentam a carruagem que nos liga e nos antena