sábado, 5 de maio de 2012

Verão iglus


Caminhar no frio aquecendo os pés.
O calor que sobe do asfalto encharcado de sóis passados nos acalanta o passo.
Passo a passo vamos alertando o coração para que a prevenção vença o inevitável.
Evito algumas coisas por pura convicção.
Convicção é um dogma de fé.
Esse é um dogma não imposto por ninguém que não seja eu mesmo.
Uma ideia, uma mira, um motivo e uma meta.
Meto os pés no chão e encaminho o pensamento até o parque da matéria.
Matéria prima do exercício da memória e das pernas incansáveis.
A matéria de um corpo em movimento até que alcance o outro, a fim de movimentarem-se os dois, lado a lado.
Cabeça a cabeça, os dois pretendem chegar bem perto de algo que seja inesquecível.
Esquecer pra quê?
Simplesmente para lembrarmos que o esquecimento talvez sirva pra aquecer a nossa disposição de seguirmos em frente.
Pra frente é que se anda e com esse frio, aprendemos a construir iglus com uma única entrada e saída, já que somos nós mesmos que respondemos, enquanto seguimos perguntando 

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