segunda-feira, 9 de julho de 2012

indígena


Escrevi sobre uma pasta de lembranças e a minha iniciativa em enchê-la mais e mais.
Enchê-la até ela encher-se de mim.
Essa é a vida, uma pasta usada para a guarda da nossa expressão cotidiana.
Muitas vezes observamos as pastas dos outros e vamos interagindo, pasta com pasta, até enriquecermos mais e mais o nosso acervo poético.
Compreensão das coisas, compreensão das pessoas e das suas coisas.
Assim vamos colecionando as coisas que são da gente.
Coisas nossas que animam essas vidas que são cada dia mais nossas.
Uma árvore tem também a sua pasta.
Lembra os pássaros, o vento, as lagartas, as outras sementes.
Um arbusto e a sua pasta, um animal e a sua, eu e a minha pasta entreaberta.
Um espaço e tudo nela voa


Um desenho de José Paulo Cury quando criança