domingo, 10 de março de 2013

cabeçavelha

o menino estava instruído a andar pelo museu seguindo uma ordem racional e cronológica.
não quis saber.
quis fazer a sua própria visita, seguindo a sua intuição.
o menino me ensinou e ensina quase sem saber.
ele tem a forma e o jeito das dúvidas, que ensinam as pessoas espertas e curiosas, provavelmente como eu e ele.
tem um jeito que manipula as imagens nos programas de desenho.
ele desprograma a forma e recompõe com a divina essência da realeza.
o imaginário é um lugar muito mais interessante quando aplicado nas pequenas ações contundentes.
o menino aprecia essa escolha.
menino ainda, tem a condição de sobrevoar a xícara cheia com suco de uva.
dali, ele se expõe e expressa os finos traços da parreira, engalfinhada na tela fina de arame

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