sábado, 10 de março de 2012

Máximas


Máximas trocas.
Compartilhar o novo e o mais antigo.
O teclado sem letras visíveis era um motivador para o meu comportamento lúdico.
Exigia de mim uma memória sensorial, afinal, nunca frequentei um curso de datilografia.
A troca do teclado me fez lembrar que o tio colocou o tecladístico tocador dele no duzentos e vinte.
Queimou a placa.
Antes eu queimava a pestana para não errar, tocando o dedo no i e não no o.
Agora as letras todas estão aqui, ao meu alcance, ao alcance dos meus olhos.
Ficou mais fácil, mas agora devo arranjar urgentemente alguma coisa pra não perder o jogo.
O jogo eterno que nos faz ultrapassar o limite da facilidade.
Pronto, achei.
Olhei para o teclado novo e dei de cara com o meu anel de prata.
Poderia ter um enfeite de madeira em folhas, machetado, mas o tem em borracha preta.
O choque entre o preto novo do plástico e o preto mais antigo da borracha, me remete ao fato do contraste acontecer no brilhante sobre o opaco.
A borracha brilha entre as letras.
O b da borboleta, o o do ornitorrinco, os dois erres do errar de vez em quando, o a da arara azul, o c da chama acesa, o h do meu humberto e um novo e bonito a, acha de achar em tudo. uma graça nova no meu antigo hábito de perpetuar as descobertas

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